Quem brinca com o gelo... Se queima também.
Olhe aquele rapaz, sentado à beira da janela, vendo as nuvens passarem... Vendo noite se transformar em dia. Esperando que o amanhã chegue mais cedo dessa vez. Poderia levantar-se daquele lugar, mas não! Mexer-se para quê? Porquê? Seria melhor deixar as coisas como estão, e foi isso o que ele fez, apenas deixou a janela aberta, e viu a noite passar. Contou uma, duas, várias estrelas aquela noite, mesmo sem o brilho da lua. Que pena, ela tinha que estar ausente naquela noite... Mas não importava (muito), aquele rapaz nunca está só, o vento gelado logo soprou em seu rosto. Ele sorriu. Sim, parecia o toque das mãos daquela bela moça. Instantaneamente ele elevou suas mãos ao lugar onde o vento lhe alisara. Entre a âncora de pensamentos, duas coisas havia notado: A primeira delas é que fazia tanto tempo desde a última vez... Porquê justo naquela noite sem luar, ela havia “voltado”? A segunda e talvez mais importante... “Eu não sou o que costumava ser” – Disse para si mesmo, olhando bem no f